MEU FILHO TEM AUTISMO, MAIS AS VIZINHAS NÃO QUERIAM SABER.
As vizinhas estavam bravas quando vieram aqui em casa, eu não estava no momento,
mais minha esposa (m.e) as atendeu: Pois não, o que posso ajudá-las? Vizinhas: Olha vcs tem
que dar um jeito no filho de vcs, eu não consigo alugar a casa dos fundos, pq todos
meus ex. inquilinos reclamavam do barulho, dos berros do seu filho, além de ficar socando as paredes.
M.e: - Mais é aquele tem autismo severo, e todos os dias tem os momentos de
crise. As vizinhas: - Mais pq vcs não internam, não dão remédios pra ele acalmar, dormir?
M.e: - Mais internamento não vai resolver, e nós damos sim remédios, só que não faz
milagres. Vizinhas: Mais vcs tem que fazer alguma coisa, senão vou dar parte na polícia, que vcs
estão judiando do rapaz, deixam ele preso, etc... Minha esposa: Meu filho é muito bem tratado, tem acompanhamento
psiquiátrico, fazemos tudo que podemos. Mais a doença dele não tem cura. Isto não é judiar, só
que nas crises, não tem muito o que fazer. E ele não fica preso,
tem todo quintal pra ele, tem acesso a toda casa, e meu marido
leva quase todos os dias pra dar uma volta. E pode chamar a polícia se quiser, que é perda de tempo,
pois meu filho é protegido pela lei. Ninguém pode mexer com ele. Ele não tem culpa das coisas que
faz. Ou a senhora acha que a gente tbm não sofre com tudo isso? Vizinhas: Sim, mais antes vcs
deixavam ele lá em cima, pq passaram aqui pra baixo, encostado com nossa casa?
M.e: - Tivemos que tirá-lo de lá, pq tava incomodando muito minha sogra que tem Alzheimer e os gritos dele
lhe assustavam e
tbm minha filhinha, do qual ele tem muito ciúme. Não dava mais pra deixar eles juntos, não é
fácil pra uma criança, ver o irmão gritando, quebrando as coisas, querendo bater nela e na gente.Por isso ele fica
aqui embaixo com o Pai, tivemos que dividir os espaços. Vizinhas: Mais justo os fundos, onde somos
agora obrigado a conviver com os berros do seu filho, minha Mãe tbm tem Alzheimer. e ela tbm se incomoda.
Mais senhora, ele tem berrado só de dia, geralmente
algumas horinhas no fim da tarde. Vizinhas: Sim mais antes era de madrugada, não dava pra dormir.
Mais o médico mudou os medicamentos minha senhora, e graças a Deus não incomoda mais a noite. E
isto já faz meses, então pq só agora vcs vieram reclamar? Vizinhas: - É pq quero alugar a casa dos
fundos novamente, mais com teu filho gritando não dá, e eu tou perdendo dinheiro com isso. Minha
esposa: Garanto que se vc falar com o inquilino, ele vai compreender, ainda mais que não tem dado
crises noturnas e muito menos depois das 22h. Eu amo meu filho, e faço o que for preciso pelos
direitos dele. Vizinhas: Pois eu estou avisando, se não vcs não fizerem alguma coisa, eu vou dar
um jeito de fazer com que o filho de vcs fique internado, vou lutar pelos meus direitos na justiça.
Tudo bem vizinha, faça o que vc achar que deve fazer, pois tenho certeza que eles vão ficar do
nosso lado. Eu só peço desculpas pelo meu filho, que não tem culpa de nada disso, ele é doente,
só fazemos o que esta ao nosso alcance, milagre só Deus! As vizinhas foram embora. Depois
minha esposa relatou toda conversa comigo. Preocupado não dormi bem, pensava no que
podia fazer, rezando pra que meu filho não surtasse naquela noite, enfim tbm não deve
ser fácil pros vizinhos TBM suportar os gritos do meu filho. Pensei, amanhã vou eu lá falar
com as vizinhas, não me resta no momento outra alternativa.
E NO OUTRO DIA LÁ ESTAVA EU 10H DA MANHÃ INDO FALAR COM AS VIZINHAS.
Só uma vizinha atendeu, pois não o que o senhor deseja?
Eu sou o teu vizinho, pai do rapaz autista. A senhora tv lá em casa ontem, falando
com minha esposa. Eu sei e compreendo que não deve ser nada fácil pra vocês também, ter
que escutar os gritos do meu filho em certos momentos. Mais te juro minha senhora, a
gente faz tudo o que é possível, mais esta é uma forma de desabafo dele, a gente não
consegue fazer isto parar. Dou Graças a Deus que tá acontecendo nos
finais de tarde ou após o jantar, mais acredite minha senhora, se eu pudesse eu iria
embora daqui viver num lugar onde os gritos do meu filho não incomodassem mais ninguém.
A vizinha com calma respondeu: Tudo bem, eu acho que estava um pouco nervosa ontem. Achava
que vcs não cuidavam direito do seu filho, mais como ele berra alto, e pq ele bate tanto nas paredes?
É vizinha, o autismo do meu filho não é aquele conto de fadas como aparece as vezes na tv, como
aquela novela que passou na globo daquela moça autista, não sei se a senhora assistiu, e nem é
tbm aquela realidade dos autistas que passaram na Fátima Bernardes. O autismo do meu filho é bem severo,
mais quando ele tá bonzinho é a coisa mais doce do mundo. Confesso pra senhora, que eles tem uma
pureza que não vamos encontrar em lugar nenhum deste mundo, só que tem os momentos infelizmente
que se transformam, como se algo os possuísse. E autismo ainda não tem cura, se internamento resolvesse
então seria uma maravilha, afinal qual é o Pai e a Mãe que não deseja o melhor pro seu filho. O que posso
prometer pra senhora, é que assim que tiver chance, vamos embora daqui. No momento é impossível,
eu não posso nem trabalhar pq preciso cuidar dele. Vivemos só com o que ganhamos da ajuda da família,
pq cuidamos da minha Mãe que já tá com 95 anos e tem Alzheimer tbm como sua Mãe tem. A senhora deve
entender isso.Vizinha: Eu sei, minha Mãe tbm não é fácil cuidar, e quando seu filho berra, ela fica agitada
e gritando: Óh, ele começou de novo, ele tá berrando de novo, manda ele para, manda ele para...e isto me
deixa nervosa. Vcs não dão remédio pra ele? Damos sim vizinha, principalmente a noite, a dose é dobrada,
inclusive com remédios fortes pra que ele durma. Mais tem vezes que os remédios parecem não fazer efeito,
mais ultimamente vc tá vendo que ele não tem incomodado após 22h. São raros os dias que isto aconteceu,
nos últimos meses. Por favor minha senhora peço humildemente que tbm veja o nosso lado, e são milhares de
caso igual ou piores que o nosso. Não sei se a senhora vê, mais na internet tem aqueles grupos de relato
de famílias que tem autista em casa, que tiveram até que se mudar tbm por causa dos vizinhos. Ainda quando
se tem dinheiro fica mais fácil, mais eu não tenho, se tivesse compraria uma casinha na praia e ia viver lá.
Tbm não ando muito bem de saúde, tenho úlceras fortes, já tive sangramento, tenho gripes frequentes talvez
pq meu sistema imunológico não anda bom com tantos problemas emocionais. Pra cuidar do meu filho, eu
renunciei o mundo lá fora, é quase como uma prisão domiciliar. Não existe mais liberdade de ir e vir, fiquei
refém da doença do meu filho e da minha Mãe. Acredite não é nada fácil, e tenho uma filhinha tbm, a coisa
mais linda do mundo, que tbm quer toda minha atenção. É vizinha estou ficando velho, quase na pior
idade kkk só peço a Deus viver o máximo possível pra cuidar deles. Vizinha: Tudo bem vizinho, então vamos
torcer pra que ele melhore mais, eu e minha filha estávamos nervosas ontem, peço desculpas pra sua esposa.
Não temos conhecimento profundo do autismo, mas pelo que vc falou, é uma barra pesada pra vcs. Vou
ver se tiro minha Mãe lá do fundo e colocá-la onde ela não possa ouvir os gritos do seu filho, e ligar mais alto
a TV ao menos
com a televisão ligada, abafa mais o barulho. Tudo bem vizinha, e mais uma vez eu que tenho que lhe
pedir desculpas, mais eu te prometo que assim que puder eu vou embora, se tivesse dinheiro colocaria
parede dupla com proteção do barulho, mais isto no momento esta fora do meu alcance. Tiau vizinha,
qualquer coisa não exite em falar conosco e que Deus nos ajude sempre!
Saí de lá com a sensação de ter feito minha parte, mas não sei pq no caminho de volta, entrei
em choro profundo, falar do meu filho sempre parece deixar minha mente, alma e coração vulneráveis.
E ontem como milagre meu filho quase não gritou em casa, só na rua quando voltava com ele do mercado.
Tive que segurá-lo forte, pra não sair correndo no meio dos carros, minha rotina não muda e muito menos o amor
que tenho por este filho, que não tem culpa nenhuma de ser assim. Mais ele quer escola novamente, onde Deus?
mais minha esposa (m.e) as atendeu: Pois não, o que posso ajudá-las? Vizinhas: Olha vcs tem
que dar um jeito no filho de vcs, eu não consigo alugar a casa dos fundos, pq todos
meus ex. inquilinos reclamavam do barulho, dos berros do seu filho, além de ficar socando as paredes.
M.e: - Mais é aquele tem autismo severo, e todos os dias tem os momentos de
crise. As vizinhas: - Mais pq vcs não internam, não dão remédios pra ele acalmar, dormir?
M.e: - Mais internamento não vai resolver, e nós damos sim remédios, só que não faz
milagres. Vizinhas: Mais vcs tem que fazer alguma coisa, senão vou dar parte na polícia, que vcs
estão judiando do rapaz, deixam ele preso, etc... Minha esposa: Meu filho é muito bem tratado, tem acompanhamento
psiquiátrico, fazemos tudo que podemos. Mais a doença dele não tem cura. Isto não é judiar, só
que nas crises, não tem muito o que fazer. E ele não fica preso,
tem todo quintal pra ele, tem acesso a toda casa, e meu marido
leva quase todos os dias pra dar uma volta. E pode chamar a polícia se quiser, que é perda de tempo,
pois meu filho é protegido pela lei. Ninguém pode mexer com ele. Ele não tem culpa das coisas que
faz. Ou a senhora acha que a gente tbm não sofre com tudo isso? Vizinhas: Sim, mais antes vcs
deixavam ele lá em cima, pq passaram aqui pra baixo, encostado com nossa casa?
M.e: - Tivemos que tirá-lo de lá, pq tava incomodando muito minha sogra que tem Alzheimer e os gritos dele
lhe assustavam e
tbm minha filhinha, do qual ele tem muito ciúme. Não dava mais pra deixar eles juntos, não é
fácil pra uma criança, ver o irmão gritando, quebrando as coisas, querendo bater nela e na gente.Por isso ele fica
aqui embaixo com o Pai, tivemos que dividir os espaços. Vizinhas: Mais justo os fundos, onde somos
agora obrigado a conviver com os berros do seu filho, minha Mãe tbm tem Alzheimer. e ela tbm se incomoda.
Mais senhora, ele tem berrado só de dia, geralmente
algumas horinhas no fim da tarde. Vizinhas: Sim mais antes era de madrugada, não dava pra dormir.
Mais o médico mudou os medicamentos minha senhora, e graças a Deus não incomoda mais a noite. E
isto já faz meses, então pq só agora vcs vieram reclamar? Vizinhas: - É pq quero alugar a casa dos
fundos novamente, mais com teu filho gritando não dá, e eu tou perdendo dinheiro com isso. Minha
esposa: Garanto que se vc falar com o inquilino, ele vai compreender, ainda mais que não tem dado
crises noturnas e muito menos depois das 22h. Eu amo meu filho, e faço o que for preciso pelos
direitos dele. Vizinhas: Pois eu estou avisando, se não vcs não fizerem alguma coisa, eu vou dar
um jeito de fazer com que o filho de vcs fique internado, vou lutar pelos meus direitos na justiça.
Tudo bem vizinha, faça o que vc achar que deve fazer, pois tenho certeza que eles vão ficar do
nosso lado. Eu só peço desculpas pelo meu filho, que não tem culpa de nada disso, ele é doente,
só fazemos o que esta ao nosso alcance, milagre só Deus! As vizinhas foram embora. Depois
minha esposa relatou toda conversa comigo. Preocupado não dormi bem, pensava no que
podia fazer, rezando pra que meu filho não surtasse naquela noite, enfim tbm não deve
ser fácil pros vizinhos TBM suportar os gritos do meu filho. Pensei, amanhã vou eu lá falar
com as vizinhas, não me resta no momento outra alternativa.
E NO OUTRO DIA LÁ ESTAVA EU 10H DA MANHÃ INDO FALAR COM AS VIZINHAS.
Só uma vizinha atendeu, pois não o que o senhor deseja?
Eu sou o teu vizinho, pai do rapaz autista. A senhora tv lá em casa ontem, falando
com minha esposa. Eu sei e compreendo que não deve ser nada fácil pra vocês também, ter
que escutar os gritos do meu filho em certos momentos. Mais te juro minha senhora, a
gente faz tudo o que é possível, mais esta é uma forma de desabafo dele, a gente não
consegue fazer isto parar. Dou Graças a Deus que tá acontecendo nos
finais de tarde ou após o jantar, mais acredite minha senhora, se eu pudesse eu iria
embora daqui viver num lugar onde os gritos do meu filho não incomodassem mais ninguém.
A vizinha com calma respondeu: Tudo bem, eu acho que estava um pouco nervosa ontem. Achava
que vcs não cuidavam direito do seu filho, mais como ele berra alto, e pq ele bate tanto nas paredes?
É vizinha, o autismo do meu filho não é aquele conto de fadas como aparece as vezes na tv, como
aquela novela que passou na globo daquela moça autista, não sei se a senhora assistiu, e nem é
tbm aquela realidade dos autistas que passaram na Fátima Bernardes. O autismo do meu filho é bem severo,
mais quando ele tá bonzinho é a coisa mais doce do mundo. Confesso pra senhora, que eles tem uma
pureza que não vamos encontrar em lugar nenhum deste mundo, só que tem os momentos infelizmente
que se transformam, como se algo os possuísse. E autismo ainda não tem cura, se internamento resolvesse
então seria uma maravilha, afinal qual é o Pai e a Mãe que não deseja o melhor pro seu filho. O que posso
prometer pra senhora, é que assim que tiver chance, vamos embora daqui. No momento é impossível,
eu não posso nem trabalhar pq preciso cuidar dele. Vivemos só com o que ganhamos da ajuda da família,
pq cuidamos da minha Mãe que já tá com 95 anos e tem Alzheimer tbm como sua Mãe tem. A senhora deve
entender isso.Vizinha: Eu sei, minha Mãe tbm não é fácil cuidar, e quando seu filho berra, ela fica agitada
e gritando: Óh, ele começou de novo, ele tá berrando de novo, manda ele para, manda ele para...e isto me
deixa nervosa. Vcs não dão remédio pra ele? Damos sim vizinha, principalmente a noite, a dose é dobrada,
inclusive com remédios fortes pra que ele durma. Mais tem vezes que os remédios parecem não fazer efeito,
mais ultimamente vc tá vendo que ele não tem incomodado após 22h. São raros os dias que isto aconteceu,
nos últimos meses. Por favor minha senhora peço humildemente que tbm veja o nosso lado, e são milhares de
caso igual ou piores que o nosso. Não sei se a senhora vê, mais na internet tem aqueles grupos de relato
de famílias que tem autista em casa, que tiveram até que se mudar tbm por causa dos vizinhos. Ainda quando
se tem dinheiro fica mais fácil, mais eu não tenho, se tivesse compraria uma casinha na praia e ia viver lá.
Tbm não ando muito bem de saúde, tenho úlceras fortes, já tive sangramento, tenho gripes frequentes talvez
pq meu sistema imunológico não anda bom com tantos problemas emocionais. Pra cuidar do meu filho, eu
renunciei o mundo lá fora, é quase como uma prisão domiciliar. Não existe mais liberdade de ir e vir, fiquei
refém da doença do meu filho e da minha Mãe. Acredite não é nada fácil, e tenho uma filhinha tbm, a coisa
mais linda do mundo, que tbm quer toda minha atenção. É vizinha estou ficando velho, quase na pior
idade kkk só peço a Deus viver o máximo possível pra cuidar deles. Vizinha: Tudo bem vizinho, então vamos
torcer pra que ele melhore mais, eu e minha filha estávamos nervosas ontem, peço desculpas pra sua esposa.
Não temos conhecimento profundo do autismo, mas pelo que vc falou, é uma barra pesada pra vcs. Vou
ver se tiro minha Mãe lá do fundo e colocá-la onde ela não possa ouvir os gritos do seu filho, e ligar mais alto
a TV ao menos
com a televisão ligada, abafa mais o barulho. Tudo bem vizinha, e mais uma vez eu que tenho que lhe
pedir desculpas, mais eu te prometo que assim que puder eu vou embora, se tivesse dinheiro colocaria
parede dupla com proteção do barulho, mais isto no momento esta fora do meu alcance. Tiau vizinha,
qualquer coisa não exite em falar conosco e que Deus nos ajude sempre!
Saí de lá com a sensação de ter feito minha parte, mas não sei pq no caminho de volta, entrei
em choro profundo, falar do meu filho sempre parece deixar minha mente, alma e coração vulneráveis.
E ontem como milagre meu filho quase não gritou em casa, só na rua quando voltava com ele do mercado.
Tive que segurá-lo forte, pra não sair correndo no meio dos carros, minha rotina não muda e muito menos o amor
que tenho por este filho, que não tem culpa nenhuma de ser assim. Mais ele quer escola novamente, onde Deus?
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